Costumamos falar sobre igualdade como algo que desejamos que seja reconhecido e defendido por todos. Mas, ainda que lutemos por uma igualdade de direitos e oportunidades, cada um sente — mesmo que defenda o contrário — que não somos realmente iguais. Não estou defendendo aqui nenhum tipo de atitude extremista que busca hierarquizar as pessoas por suas características físicas, opções religiosas, sexuais ou o que for. O que quero dizer é que as pessoas são diferentes e devem ser respeitadas nessa diferença, porque cada ser humano possui uma história e uma singularidade. E, nesse sentido, o que nos aproxima (nossas características físicas, nossa cultura etc) nunca será mais determinante em nós do que nossas particularidades; ou pelo menos eu acredito que deveria ser assim.
Estamos em um mundo que nos pressiona para aceitarmos a padronização. E se é verdade que podemos separar os padrões em terríveis e aceitáveis, também é verdade que viveríamos melhor sem nenhum deles. Quando nos condicionamos a viver dentro das expectativas dos outros nos diminuímos em relação às nossas possibilidades e capacidades.
É importante entendermos que parte da estrutura social depende de normas e valores comuns, mas quando estas regras nos oprimem em todas as instâncias de nossas vidas (inclusive no campo privado), então é porque já estamos abrindo mão de coisas demais. Se você perguntar, ninguém vai dizer que gostaria de jogar o mesmo jogo todos os dias pra sempre. Mas viver em um mundo em que todos se esforçam para serem aceitos como iguais, não é quase isso?
Gif criado por Adam Pizurny