Star Wars, eu e os outros

Eu estava jogando Star Wars Battlefront pela primeira vez e, como era de se esperar, eu morria em poucos segundos sem nem entender direito o que estava acontecendo. Felizmente o jogo permite que você reviva próximo a outro jogador do seu time e, a princípio, isso permitiria um processo de colaboração e troca de experiência. Mas não é isso que acontece. Cada jogador joga o seu próprio jogo e, no final, a vitória coletiva não é mais do que a soma dos sucessos individuais.

Pensando sobre isso, lembrei dos jogos em que já estou acostumado com os controles, mecânicas e mapas. Nesses jogos em que eu me saio bem, eu sempre acreditei que a derrota era falta de apoio coletivo dos outros, já que eu, obviamente, estava fazendo a minha parte. Mas agora vejo que esse é só mais um caso em que o todo é maior do que a mera soma das partes.

A vida cotidiana (pro bem e pro mal) funciona da mesma forma. Nos escondemos em nossas próprias ações para argumentar contra aqueles que não se dedicam o suficiente. No entanto, quando temos a oportunidade de colaborar com outras pessoas e contribuir para o processo de aperfeiçoamento do grupo ou sociedade em que estamos vivendo, percebemos que o trabalho, além de grande demais, exige um pouco de autoesquecimento. Sempre vai existir competição, mesmo quando a gente joga no mesmo time. E em um mundo assim, aprender a agir com o mínimo de generosidade pode fazer toda a diferença.

Star Wars Battlefront