O mesmo, pra sempre

Não importa o quanto eu ache que mudei. No final, continuo sempre pensando basicamente as mesmas coisas, defendendo as mesmas ideias, querendo corroborar com os mesmos valores e fingindo que sofri grandes mudanças ao longo da vida.

A gente aprende muito pouco a ser diferente. Agir contra si próprio parece contraproducente, porque a vida nos ensina (de alguma forma que não sei explicar) que para viver é preciso regularidade e previsibilidade.

Ninguém consegue suportar ser outro alguém e, por isso, lá no fundo, gostaríamos apenas de ser quem já somos. Aprendendo coisas novas, tendo novas experiências, mas ainda assim… sendo os mesmos.

Marcos Ramon

Professor no Instituto Federal de Brasília, pesquisando ensino, estética e cibercultura. Lattes | ORCID | Arquivo

Relacionados

Nenhum texto relacionado a esse 😶