A consciência da morte é algo que só faz sentido para o ser humano.
Essa capacidade, esse dom de viver no presente, pode ser vista tanto como uma dádiva quanto como uma maldição. Sem esse poder, cada dia seria mais simples. Mas também não haveria arte, nem dor, nem sorrisos, nem esperança de nada.
A vontade de existir, a insistência em continuar existindo, é uma forma de esforço contínuo. Não vai dar em nada (vamos morrer), mas é o que dá sentido à vida.
Pensar nisso, ou na possibilidade de viver é eternamente, é totalmente improdutivo, insignificante, perturbador.
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