O final do ano é a época em que quase todo mundo se dedica — nem que se seja um pouquinho só — a pensar sobre a própria vida. De verdade mesmo, isso é uma coisa que a gente devia fazer o tempo todo. Afinal, não existe nada mais importante do que entender a nossa própria existência. Mas com o ritmo intenso da vida e as distrações que nos cercam, quase nunca conseguimos chegar nesse nível de comprometimento com o que somos.
Então, já que nem sempre vamos ter esse tempo, que pelo menos esse momento de passagem sirva realmente para algo. O futuro é todo dia e todo dia nós podemos começar um novo projeto ou realização. As promessas de ano novo não fazem mais sentido do que quaisquer outras feitas em outro período do ano; mas é aquela questão do tempo para a reflexão: agora que paramos um pouco, podemos diminuir a marcha e olhar a paisagem em detalhes. E diante disso, finalmente podemos nos fazer as perguntas que importam: “O que eu consigo fazer? O que eu consigo mudar?”.
E temos que fazer isso, da melhor forma possível, nos comprometendo ao máximo com essas resoluções, por mais absurdas, estranhas ou simplórias que sejam. E não interessa aqui o fracasso, a mudança de rumo ou qualquer coisa que valha. A nossa vida não é um jogo e o futuro muda o tempo todo. Depende da gente e depende dos outros, mas ele muda o tempo todo. O que ninguém pode é se abster de participar do próprio caminho.
Vá na direção certa, pegue a direção errada, mas ande. Ficar parado é a pior coisa que você pode escolher. Por isso a minha dica é que você escolha o seu futuro, que você decida arriscar. A vida é mais bonita assim.
Feliz Ano Novo.
Marcos Ramon
Brasília, 29/12/2016