Cidades para pessoas

Nunca fui nenhum ativista crítico dos carros e do pouco incentivo que vemos ao transporte público. Contudo, pelo menos aqui em Brasília, a cada dia a situação se agrava tanto que mesmo quem nunca se colocou para pensar sobre isso começa agora a questionar se precisamos mesmo de tantos carros assim.

Acho, por exemplo, de um mau gosto terrível o slogan de uma das empresas que circulam aqui: “Aproximando pessoas”. Sério mesmo? Não seria melhor dizer “entulhando, estressando ou indignando pessoas”? Pra saber como as pessoas realmente se sentem dentro de um ônibus dá uma olhada nesse vídeo aqui (a resolução tá horrível, então é melhor visualizar com a janela pequena mesmo):

Considerando essa realidade do ônibus apresentada no vídeo e dos espaços públicos que são cada vez menos pras pessoas (no lugar em que eu moro, por exemplo, existem poucas calçadas, porque assim sobra mais espaço pros carros) é importante considerar a necessidade de alternativas pro futuro. Uma matéria no Gizmodo mostra como seriam algumas cidades reinventadas prioritariamente para as pessoas e não para os automóveis. Acho que isso é o mínimo que deveríamos almejar, a curtíssimo prazo, se quisermos continuar vivendo em cidades grandes. Ou melhor: se quisermos continuar vivendo.