Marcos Ramon
O consumo nos transformou em seres ridículos
Que mundo triste: pessoas se reunindo em uma loja de shopping das 22h às 00h, para comer canapés e tomar vodka esperando o lançamento do novo modelo de seu smartphone favorito de três mil reais.
O que poderia ser uma cena espalhafatosa em um filme europeu de vanguarda, é na verdade algo que acontece aqui em terras tupiniquins, como atesta a propaganda abaixo.
O consumo nos transformou em pessoas completamente ridículas, ao ponto de ficarmos em filas gigantes só pra dar uma bisbilhotada em uma loja nova de roupas e acessórios (isso aconteceu recentemente em um shopping de Brasília), dormirmos na rua esperando ser os primeiros a comprar um smartphone (sendo que é possível chegar na loja meia hora depois da abertura no dia do lançamento e comprar do mesmo jeito) e nos entupirmos de objetos até que a nossa casa passe a ser deles e não mais nossa.
Mais do que reclamar o que eu preciso é me controlar pra não me afundar mais e mais nisso (sim, porque eu também sou um consumista igualzinho a você1) colaborando assim pra que o mundo seja um pouqinho menos deprimente. Não é fácil…
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Um exemplo: não gosto de McDonalds, mas gastei um dinheirão comprando todos os brinquedos do Super Mario que foram lançados nesse mês. Não precisava de mais bonecos aqui em casa, mas… ↩

Marcos Ramon
Professor no Instituto Federal de Brasília, pesquisando ensino, estética e cibercultura. Lattes | ORCID | Arquivo comments powered by DisqusMarcos Ramon / Professor de Filosofia, pesquisando estética e cibercultura.
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Marcos Ramon