Olhar o que passa

De alguma forma que nem sei mais explicar, impus a mim mesmo uma rotina que me tira todos os pontos de respiro.

Quando eu era criança, eu gostava de um filme que sempre passava na televisão e que tinha um adolescente que estava sempre atrasado, sempre correndo, sempre em cima da hora. Eu achava aquilo muito legal. Parecia vivo, dinâmico, certo.

Hoje vejo de uma forma bem diferente. Queria estar num mundo que me permitisse parar mais vezes, ficar sem fazer nada mais vezes. Só pensar e respirar.

Talvez seja essa, hoje, a minha definição de luxo.

Marcos Ramon

Professor no Instituto Federal de Brasília, pesquisando ensino, estética e cibercultura. Lattes | ORCID | Arquivo

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